“Desde os meses de verão que se regista uma procura muito elevada por parte dos estudantes e seus familiares, para conseguirem arrendar um quarto. Estão a sentir muitas dificuldades, porque as rendas são elevadas e a oferta é muito diminuta”, sendo que o valor médio do arrendamento de um quarto aumentou em média 10%.
“Em Coimbra, o valor médio das rendas ronda agora os 270 a 290 euros, quando antes encontravam-se quartos a uma média de 200 euros por mês. O valor médio de um quarto subiu bastante e torna-se pesado para o bolso das famílias dos estudantes, podendo refletir-se num maior abandono escolar”, sustentou.
No seu entender, o Governo deveria ver o que se passa com o mercado do arrendamento de quartos a estudantes.
“No caso de Coimbra, a situação está um pouco desregulada, com os preços a aumentarem de uma forma desmedida e descabida, comparativamente com anos anteriores”, acrescentou.
Para ajudar os alunos a encontrarem alojamento, a Associação Académica de Coimbra “tem algumas opções, desde orientar para residências universitárias ou através do projeto certificado de habitabilidade”.
“Este certificado tem tido uma procura diária muito grande, estamos constantemente a visitar novos quartos e a fazer novas vistorias, mas há mesmo muita procura para a oferta que há”, indicou.
Quanto às residências universitárias, João Caseiro disse que o número de camas disponíveis nas residências universitárias é insuficiente para uma cidade com 25 mil estudantes universitários.
“Temos 13 residências, com capacidade de cerca de duas mil camas. Há vários anos que o número de camas nas residências universitárias de Coimbra não aumenta e esta oferta tem de ser reforçada”, defendeu.
Além disso, o presidente da ACC relembra que, para além de aumentar a quantidade, é importante melhorar a qualidade das habitações disponibilizadas pelos serviços de ação social da Universidade de Coimbra. “Não basta aumentar a quantidade, temos de manter habitáveis as que já existem”, concluiu.