“Os medicamentos com preço de venda ao público (PVP) até
10 euros têm o preço atualizado em 5 porcento e aqueles com preços entre 10 e
15 euros serão atualizados em 2 porcento”, adianta o Ministério da Saúde (MS)
em comunicado, explicando que esta atualização decorre à margem do processo
habitual de Revisão Anual de Preços.
Já os medicamentos com preço acima de 15 euros terão o
seu preço revisto por comparação com a média dos quatro países de referência
(Espanha, França, Itália e Eslovénia), refere, explicando que, neste caso, e
sempre que o preço esteja acima da média, ocorrerá a sua redução até ao máximo
de 5%.
A revisão de preços, que além de facilitar o acesso a
medicamentos mais baratos, “protege as pessoas do efeito da inflação”, faz
parte de um conjunto de medidas que o Ministério da Saúde vai avançar no
primeiro semestre deste ano.
“Considerando o volume de medicamentos vendidos em
Portugal no ano de 2022, estas medidas, a aplicar durante os 10 meses que
decorrem até ao fim do ano, podem gerar um aumento da despesa por parte do
Estado em cerca de 0,4% e por parte dos cidadãos, em termos globais, de cerca
de 0,5%, muito abaixo dos valores da inflação”, sustenta o Ministério da Saúde.
O ministério afirma que os problemas na produção e
distribuição de medicamentos têm afetado de forma transversal os países
europeus, com reporte público de situações de indisponibilidade de fármacos,
correspondentes a casos em que se torna mais difícil acomodar os efeitos da
inflação e em que existe o risco de estes produtos serem retirados do mercado.
Em 2023, pretende-se ainda dar continuidade às medidas de
otimização da prescrição eletrónica e da utilização do medicamento e dos
dispositivos médicos, criando condições para introduzir a inovação de forma
sustentável, acrescenta.