Portugal é um dos três países europeus onde a idade gestacional em que a interrupção voluntária da gravidez (IVG) pode ser realizada em 10 semanas e seis dias, disse a especialista Ana Campos em uma conferência de imprensa, com a presença de Maria José Alves e Idalina Rodrigues, médicas que estiveram envolvidas na luta pela descriminalização do aborto.
Ana Campos destacou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) também recomenda 12 semanas, em conferência de imprensa da UMAR no referendo de 11 de fevereiro de 2007 para a descriminalização do aborto e a aplicação da lei, defendendo que Portugal deve “seguir essas decisões e mudar a lei para 12 semanas”.
“Acho que não devemos ter medo de as pessoas abortarem mais tarde, porque sabemos, como mulheres, que quando a decisão é tomada, ela precisa ser feita o mais rápido possível”, sustentou a obstetra.
Ana Campos considera que o período de reflexão de três dias não deve mais ser obrigatório.
“Não queremos que as mulheres esperem porque já decidiram, mas há algumas que querem e precisam esperar. Portanto, o período de espera de três dias não deve ser obrigatório, mas opcional”, explicou na conferência de imprensa da UMAR
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