O avião em que seguiram os jovens, um Airbus A310, propriedade da empresa francesa Novespace, que operou o voo sobre a costa portuguesa, numa zona do espaço aéreo reservada, executou manobras de ascensão e queda-livre (parábolas) que permitiram simular a ausência de gravidade no seu interior por ciclos de breves instantes, nos quais os passageiros se sentiram tão leves que puderam, sem conseguirem controlar, dar cambalhotas no ar.
Esta é a única forma de conseguir simular o efeito da ausência de gravidade ou microgravidade em terra. O voo também permitiu aos passageiros sentir o efeito da gravidade em Marte e em Lua, mas também a hiperatividade na qual as pessoas se sentem mais pesadas ao ponto de nem sequer conseguirem levantar um braço, quando deitadas no chão.
Os jovens, estudantes entre os 14 e os 18 anos, foram selecionados após provas eliminatórias.
A bordo do avião que executou as manobras ao largo de Monte Real, seguiu o astronauta alemão Mattias Maurer, que em 6 de maio regressou de uma missão de seis meses, a primeira, da estação espacial internacional, à qual chamou “beijo cósmico”, por “amor ao espaço”.
Ao todo, o avião da empresa Novespace executou 16 parábolas (mais uma do que o previsto a pedido dos jovens), que perfizeram cumulativamente cerca de sete minutos de efeito de microgravidade, incluindo 20 segundos de gravidade marciana e 40 segundos gravidade lunar.
O voo foi promovido pela agência espacial portuguesa Portugal Space, no âmbito da iniciativa "Zero-G Portugal – Astronauta por um Dia", que visa estimular o interesse dos mais novos pelo espaço.