Foram exibidos 87 filmes, a short-list da competição, selecionados entre os 281 filmes promocionais e documentários, de 32 países, que se inscreveram e foram avaliados pelo júri internacional, constituído por peritos de cinema com origem em 19 países. Integrados em 13 sessões temáticas, além de mesas-redondas, em que especialistas refletiram sobre temas atuais abordados nos filmes exibidos, o documentário "Cordas" fez parte da sessão de filmes de música e dança a promover uma região ou cidade.
O documentário da MiratecArts, produzido por Terry Costa e Diogo Rola, recebeu o segundo prémio nacional. O curta musical "Havemos de ir a Viana" foi o vencedor, com o documentário "Cordas" recebendo o segundo prémio.
"Foi um folgo de ar fresco quando a apresentadora mencionou o nosso filme, e vejo a imagem no grande ecrã com o nome Cordas," admite Terry Costa, diretor artístico da MiratecArts e produtor do documentário. "Receber o prémio de um festival de prestígio, especialmente o ART & TUR, que é cobiçado pelo mundo, dá-nos energia para continuar a lutar neste setor, que cada vez mais recebe cortes de investimentos do nosso governo."
O documentário "Cordas" apresenta ao mundo o "Cordas World Music Festival'', o festival de músicas do mundo que acontece anualmente na Madalena, ilha do Pico, nos Açores. "Através de programação e festivais de arte conseguimos promover o concelho, a ilha, a nossa região, muito mais além. Investimentos no setor criativo, na cultura artística, tem que ser abraçados como a melhor promoção que podemos fazer dos Açores. Somos uma região pequena e a nossa maior riqueza é quem vive nas ilhas e trabalha para elas. Chegou a hora de pararmos de falar de subsídios e começar a investir, como é digno."
Aconteceu na cidade de Ourém, de 25 a 28 de outubro, o festival itinerante ART & TUR. Como anunciou o diretor-executivo do evento, Francisco Dias, em 2023 a cidade de Lousã será a anfitriã deste grande encontro internacional de cinema e turismo, e a MiratecArts já tem ideias de como se candidatar novamente. "O que não falta são ideias, necessitamos é de mais investimentos," admite Terry Costa.