Os trabalhadores da CP estão em greve durante 24 horas, desde a meia-noite, com serviços mínimos decretados, convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ). O que está em causa é a última proposta de aumentos salariais de 51 euros com a qual os maquinistas não concordam.
A empresa prevê "fortes impactos" na circulação, hoje, e ligeiras perturbações nos restantes dias até dia 18, em que os maquinistas não irão realizar serviços que durem mais de sete horas e meia.
De acordo com um balanço feito hoje de manhã à Lusa, dos 253 comboios programados entre as 00:00 e as 08:00, foram realizados 112 e suprimidos 141 (55,7%).
A CP - Comboios de Portugal indica que estavam previstos 66 comboios regionais, mas não se fizeram 34 ligações, tendo sido realizadas 32.
Quanto aos urbanos de Lisboa, estavam previstos 115, foram suprimidos 76 e efetuados 39.
De acordo com a empresa, nos urbanos do Porto, estavam programados para aquele período 52, foram realizados 31 e suprimidos 21.
Nos comboios urbanos de Coimbra, estavam previstos oito, foram cancelados quatro, o mesmo número dos realizados.
No que diz respeito aos comboios de longo curso, estavam previstos 12, foram suprimidos seis e realizados também seis.
A paralisação foi convocada em protesto contra a última proposta da empresa de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89% e que a estrutura sindical considera "claramente inaceitáveis".
Assim, entre as 00:00 e as 23:59 de hoje, os trabalhadores fazem "greve à prestação de todo e qualquer trabalho dos trabalhadores das categorias representadas pelo SMAQ (com efeitos às últimas horas de quinta-feira e as primeiras horas de sábado)".