“A caridade é a origem e a meta do caminho cristão, e a vossa presença, realidade concreta de amor em ação, ajuda-nos a não esquecer a rota, o sentido daquilo que estamos a fazer sempre”, afirmou Francisco, no encontro com representantes de centros de assistência sócio-caritativa, no Centro Social Paroquial São Vicente de Paulo, na Serafina, em Lisboa, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Este centro foi criado para responder às necessidades dos bairros da Liberdade e da Serafina, na freguesia de Campolide.
No discurso, em espanhol, depois de representantes do Centro Paroquial da Serafina, da Ajuda de Berço (casa de acolhimento para crianças abandonadas ou em risco) e da Associação Acreditar (de Pais e Amigos de Crianças com Cancro) terem falado sobre o trabalho destas instituições, o Papa destacou três aspetos, “fazer o bem juntos, agir no concreto e estar próximo dos mais frágeis”.
“Juntos é a palavra-chave (…). Viver, ajudar e amar juntos: jovens e adultos, sãos e doentes, juntos”, referiu, defendendo que as pessoas não devem deixar-se “definir pela doença” ou problemas.
“Cada um de nós é um dom, um dom único, com os seus limites, mas um dom valioso e sagrado para Deus, para a comunidade cristã e para a comunidade humana. E, assim como somos, enriquecemos o conjunto e deixamo-nos enriquecer pelo conjunto”, continuou.
Depois, sobre a necessidade de agir em concreto, referiu-se ao discurso do responsável do Centro Paroquial que mencionou o Papa João XXIII, para salientar que “a Igreja não é um museu de arqueologia, alguns pensam assim, mas não é”.
“É a antiga fonte da aldeia que dá água às gerações atuais”, afirmou, explicando que “a fonte serve para matar a sede” das pessoas que fazem a viagem com o peso da vida, como aliás já estão a fazer os presentes com “o sentido prático” que habituou o povo português.