O número de policiais em licença médica tem aumentado diariamente desde sexta-feira, disse à Lusa Carlos Oliveira, dirigente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP-PSP).
O dirigente sindical afirmou que o número de policiais em licença está afetando os vários serviços da Divisão de Segurança Aeroportuária da PSP em Lisboa, incluindo o controle de fronteiras.
Contactada pela Lusa, a direção nacional da PSP admitiu que há policiais em licença naquela divisão, mas assegurou que isso não está afetando a segurança aeroportuária ou o controle de fronteiras.
As primeiras doenças foram relatadas depois de, na sexta-feira, alguns elementos da PSP do comando de Braga e da esquadra do aeroporto de Lisboa tentarem entregar suas armas de serviço.
Como os superiores hierárquicos não autorizaram a entrega das armas, os oficiais decidiram, como alternativa, entregar a licença médica, dizem os sindicatos.
A Divisão de Segurança Aeroportuária da PSP é onde trabalha o agente Pedro Costa, que iniciou os protestos da polícia na Assembleia da República há cerca de um mês.
Os agentes da polícia não estão autorizados a apresentar as autodeclarações de doença exigidas através do SNS24, e a doença deve ser certificada por um médico, uma determinação que decorre do estatuto profissional da PSP, que é uma lei especial para agentes da polícia.
Em resposta à Lusa, a direção nacional da PSP explica que os policiais têm cinco dias úteis para justificar as ausências ao trabalho, período que também é aplicado à apresentação do comprovativo de baixa médica.
Elementos da PSP e da GNR realizaram vários protestos para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
O protesto começou há quatro semanas por iniciativa do agente Pedro Costa, que depois se espalhou por todo o país.