O protesto, organizado pela plataforma “Aeroporto sai, Lisboa melhora”, reuniu cidadãos dos bairros de Areeiro, Alvalade, Campolide, Campo de Ourique, Camarate, Lumiar, São João da Talha, que com cartazes e slogans gritavam contra a inação das autoridades.

Perto da saída da estação de metrô do Aeroporto, os cidadãos exigiram o fim dos voos noturnos, a não expansão e o fechamento do aeroporto, além da construção urgente do novo aeroporto de Lisboa fora da cidade e de um novo pulmão verde na cidade.

Sérgio Morais, da plataforma, explicou que o protesto está relacionado com a expansão anunciada do aeroporto Humberto Delgado, lembrando as últimas notícias em que “foi indicado que as obras custarão 300 milhões de euros e durarão três anos para uma estrutura que é declarada provisória”.

“Exigimos várias coisas, mas a principal delas é que esse aeroporto tenha que se mudar para o local do novo aeroporto. Somos residentes afetados por esse aeroporto e expandir é uma coisa completamente escandalosa”, destacou.

De acordo com Sérgio Morais, e de acordo com números da Comissão Técnica Independente “dependendo das medições, haverá cerca de 300 a 380 mil pessoas afetadas” pelo ruído das aeronaves, incluindo partes da cidade de Lisboa e áreas ao norte como Camarate, Póvoa de Santa Iria e Loures.

Sérgio Morais diz que o ruído causado pelos aviões significa para os cidadãos dessas áreas “falta de sono, aulas interrompidas, consultas médicas interrompidas, cheiro de combustível e pressão alta também relacionados ao ruído”.