Segundo o Jornal Económico, as transferências imediatas e os cartões de débito foram os métodos de pagamento preferidos e mais usados pelos portugueses em 2023, de acordo com os resultados do XIII Relatório de Tendências de Métodos de Pagamento, divulgado pela Minsait Payments, empresa do grupo Indra.

Elaborado em colaboração com Analistas Financieros Internacionales (AFI), o relatório reúne as opiniões de mais de 4.800 usuários bancários da Internet da Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido e América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Perú e República Dominicana).

Alguns destaques deste relatório, citados pelo Jornal Económico, incluem o fato de que as transferências imediatas lideram a preferência dos portugueses por pagamentos on-line (44,7%) e para compras presenciais, o cartão de débito (42,4%) é o método de pagamento mais usado.

De acordo com o estudo, 53,4% dos portugueses têm apenas uma conta bancária, enquanto 29,5% têm mais de uma conta, com 17,1% relatando ter mais de uma conta bancária e ter enfrentado um problema com seu processo de conta bancária.

Outra conclusão é que Portugal é o terceiro país onde os pagamentos sem contato são mais altos (59%), atrás do Reino Unido (69%) e da Espanha (72%).

O estudo também identifica as principais tendências que serão fundamentais para o setor em 2024. As tendências para 2024 incluem o imediatismo necessário das transferências diárias, a universalização dos métodos de pagamento, a abertura de dados e fronteiras, a eficiência e o aumento

da segurança nas transações.

O relatório revela como o uso de pagamentos eletrônicos está se generalizando na América Latina e se acelerando na Europa, onde cerca de um terço dos europeus afirma ter se tornado digital nos últimos três anos, após a pandemia da Covid-19 e coincidindo com o surgimento de outros métodos alternativos de pagamento.

“Nesse sentido, em Portugal, as transferências imediatas lideraram a preferência dos portugueses por pagamentos online (44,7%), enquanto nas compras presenciais, o cartão de débito surgiu como o método de pagamento mais utilizado (42,4%)”, revela Minsait.

O estudo destaca que entre os indivíduos, as transferências imediatas continuam a levar às preferências dos portugueses (38%), em detrimento do dinheiro (30%), e uma das razões que poderia explicar essa situação é o sucesso do MB Way, uma solução de pagamentos móveis para pagamentos presenciais e pagamentos entre indivíduos.

“Em Portugal, a percentagem da população adulta com contas bancárias é de 92,6% e a percentagem da população adulta que usa a internet é de 84,5%, valores superiores aos do ano anterior de 92,3% e 82,3%, respectivamente.”, revela o comunicado.

“O uso de dinheiro está perdendo força e, entre os métodos de pagamento mais usados, o cartão bancário se destaca novamente e continua no topo da lista de métodos de pagamento, com 94,1% dos portugueses tendo um cartão de crédito. Cartão de débito, 56,4% tinham cartão de crédito e 32,3% tinham cartões pré-pagos”, de acordo com o relatório que detalha que, em média, isso significa que cada português tinha 1,8 cartões de débito, um cartão de crédito e 0,5 cartão pré-pago.

Em um setor cada vez mais preocupado com questões de segurança, pagamentos sem contato com cartões físicos são mais comuns na Europa do que na América Latina, de acordo com o estudo.

Nesta avaliação, Portugal aparece como o terceiro país onde os pagamentos sem contato são mais altos (59%), superado apenas pelo Reino Unido (69%) e pela Espanha, que lidera esse índice, com 72% da população optando por essa opção digital para seus pagamentos.

O relatório também reforça o banco como principal provedor de serviços financeiros, mas o status quo está mudando em alguns países da América Latina, com os neobancos aumentando sua presença e competindo pela hegemonia bancária em países onde eles já eram muito relevantes, como Colômbia e Brasil.

Na Europa, Portugal apresenta um comportamento diferente em relação aos seus pares, e quase um terço da população atualmente opera com um neobanco.

A hegemonia do banco como fornecedor de cartões está pouco ameaçada nos cartões de crédito ou débito, mas está enfraquecida nos cartões pré-pagos, de acordo com o estudo. Dessa forma, os bancos continuam sendo o fornecedor exclusivo de métodos de pagamento (cartões) para mais de dois terços da população europeia, exceto em Portugal, onde os neobancos vêm assumindo posições

nessa vertical de serviços.