De acordo com o Banco de Portugal (BdP), as transações de investimento direto estrangeiro (IDE) subiram 18,9% face aos 11,1 mil milhões registados em 2023, “principalmente devido ao investimento realizado no capital de entidades portuguesas (11,1 mil milhões de euros)”.
“As transações de IED também refletem uma contribuição significativa do investimento imobiliário, no valor de 3,5 bilhões de euros”, acrescenta o banco central.
Os países europeus foram os que mais investiram em Portugal no ano passado, com destaque para Espanha (3,8 bilhões de euros), Luxemburgo (3,1 bilhões de euros) e Holanda (1,4 bilhão de euros).
Enquanto a Espanha investiu mais nas regiões Central, Península de Setúbal, Alentejo, Norte e Oeste e Vale do Tejo, Luxemburgo foi o principal país investidor na Região Autónoma da Madeira (33%).
A Holanda foi o principal investidor na Grande Lisboa (21%).
Por outro lado, as transações de investimento direto de Portugal no exterior totalizaram 7,2 bilhões de euros (5,7 bilhões de euros em 2023).
Esse investimento também foi feito principalmente em entidades residentes em países do continente europeu, em particular na Holanda (1,8 bilhão de euros), Espanha (1,1 bilhão de euros) e Luxemburgo (1,1 bilhão de euros).
Tendo em conta essas transações, no final de 2024, “o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal era de 200,3 mil milhões de euros, e o do investimento direto de Portugal no exterior (IPE) era de 76,0 mil milhões de euros”, indica o BdP, valores que representaram, respectivamente, 71% e 27% do PIB português.
Em termos de distribuição pelo país, a Grande Lisboa foi a região que concentrou o maior valor de IED: 106,2 bilhões de euros, o que se traduz em mais da metade (53,0%) do estoque de IED.
“Seguiu-se o Norte, com 34,6 bilhões de euros (17,3% do IED total), e o Algarve, com 19,5 bilhões de euros (9,7% do IED total)”, indica o BdP.