Em comunicado, a federação sindical revela que os trabalhadores estão novamente em greve “para exigir uma compensação justa pelo trabalho realizado durante estes dias” e que a greve durará até 31 de dezembro, “afetando todos os feriados até lá”.

Contactado pela Lusa, Orlando Almeida, diretor do FNSTFPS, disse que a federação se reuniu em março passado com o ministro da Cultura e da administração dos Museus e Monumentos de Portugal e que “não houve abertura para negociar, nem mesmo uma proposta” do ministério.

“Não havia absolutamente nada. Estamos abertos a negociações, mas com algo concreto”, disse o dirigente sindical.

Segundo o sindicalista, os trabalhadores de museus, monumentos e sítios arqueológicos sob supervisão pública recebem, nos feriados, cerca de 15 a 20 euros, o que representa “metade de um dia normal”, e recebem até duas horas adicionais.

“Esse problema vem acontecendo há anos, sem que sucessivos governos tenham tomado a decisão de valorizar o trabalho realizado nos feriados públicos em museus, monumentos e locais listados”, destacou a federação em um comunicado.

Orlando Almeida estimou que cerca de mil funcionários trabalham atualmente nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais administrados pelos Museus e Monumentos de Portugal, incluindo o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém (Lisboa) e o Convento de Cristo (Tomar).