O apagão que deixou o país sem energia por cerca de 10 horas ontem levantou questões sobre segurança e como agir em uma situação semelhante no futuro.

Os vários líderes políticos portugueses foram rápidos em reagir, apontando as falhas que ocorreram durante o dia e destacando a necessidade de promover uma discussão sobre o assunto.

O secretário-geral do PS defendeu que o Gabinete de Coordenação de Segurança deveria ser convocado e todos os serviços de segurança e proteção civil reunidos para responder à queda de energia.

O secretário-geral do PS destacou que o país viveu “um momento de tremenda anormalidade” e também criticou a reação da Proteção Civil.

“A gestão da comunicação em qualquer crise nunca é fácil, mas hoje em dia era exigida mais informação e rapidez à Proteção Civil”, escreveu Pedro Nuno Santos.

“Em um instante, o que considerávamos natural desapareceu e nossa vida diária passou por uma mudança profunda. De repente, o que era simples tornou-se difícil; o que era rotina tornou-se um desafio”, escreveu Pedro Nuno Santos

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“População no escuro”

André Ventura também concentrou sua mensagem na importância de manter a população

informada.

O presidente do Chega defendeu que o Governo deve “garantir a coordenação imediata de todas as estruturas” na sequência do apagão que afetou o país, e instou o executivo a informar a população sobre como proceder.

“Perante um 'apagão geral' cuja causa ainda não foi determinada, o Governo deve assegurar a coordenação imediata de todas as estruturas de segurança, energia, informação e proteção civil”, escreveu o líder do Chega numa publicação na sua página na rede social X.

André Ventura defendeu que “a população não deve ficar no escuro, sem o mínimo de informação e sem saber o que fazer ou como proceder”, alertando que “isso está promovendo o caos e a confusão nacional”

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Desinformação

Mariana Mortágua também fez um apelo no mesmo sentido, considerando que essa seria a melhor forma de combater a “

desinformação”.

“Dada a interrupção causada pela queda de energia, espera-se que o Governo responda prontamente aos setores essenciais afetados e se comunique rapidamente com o país, inclusive no combate à desinformação”, escreveu o líder do BE na rede social X.

A

porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, criticou o atraso nas informações da Proteção Civil após a queda de energia em Portugal que durou mais de 10 horas.

“A dimensão da proteção civil e resiliência das cidades é fundamental, para que pelo menos as informações sejam prontamente recebidas pelos cidadãos, pois as informações da proteção civil só chegaram ao final do dia. Tomemos este caso como exemplo do que ainda precisa ser feito e corrigido”, escreveu Inês Sousa Real na rede social X.

O PCP considerou que a queda no fornecimento de eletricidade exige “medidas que contribuam para o rápido restabelecimento do abastecimento”, com prioridade dada aos “serviços essenciais para a população”, como saúde, transporte,

educação ou segurança.

Paulo Raimundo disse ainda que solicitará que um debate parlamentar sobre o corte no fornecimento de energia elétrica seja agendado para quarta-feira, considerando que “vulnerabilidades e problemas” no sistema elétrico nacional se tornaram evidentes e devem ser avaliados.

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, defendeu “uma análise aprofundada das vulnerabilidades das nossas infraestruturas críticas”, tendo em conta a situação que o país viveu na segunda-feira, após um apagão nacional que durou mais de 10 horas.

“Agora que o país está voltando ao normal, a esperança de todos é que não tenha havido consequências graves para nossos concidadãos, além de um dia incomum. Garantir que esse seja o caso deve ser a primeira prioridade”, disse ele no X.