A 19 de abril de 2021, Portugal albergava 10.343.066 pessoas, sendo que a maioria da população se identifica como mulher. O valor registado é menor em 2,1%, quando comparado aos resultados registados nos Censos de 2011.
O relatório divulgado aponta também que a população está mal distribuída, com focos populacionais acima de tudo nas zonas litorais, próximas de Lisboa. Os dados indicam que cerca de 20% da população de portuguesa habita nos sete municípios mais populosos, que ocupam apenas 1,1% do território nacional. Na última década também se registou um aumento de 3,6% da população no Algarve, no entanto, o Alentejo e a Região Autónoma da Madeira perderam população
Os Censos 2021 revelaram também que a população cada vez está mais envelhecida, com uma baixa taxa de natalidade, que tem gradualmente vindo a decrescer. Segundo o relatório, a média de idades da população portuguesa é de 45,4 anos, uma subida de 3,1 anos, quando comparado com 2011. Em acréscimo, existem atualmente 182 idosos para cada 100 jovens, sendo que nos Censos 2011 existiam 128 idosos para cada 100 jovens.
As famílias portuguesas
Segundo os Censos 2021, pode-se ler que a cultura e os modelos familiares em Portugal estão gradualmente a alterar-se, principalmente no que toca à questão do casamento. Cada vez menos casais portugueses optam por se dirigir à conservatória e marcar um casamento, os casais preferem viver em uniões de facto, sendo que em 2021 11,2% da população fazia vida de casal, mas em união de facto.
Por outro lado, os divórcios aumentaram dois pontos percentuais, em comparação a 2011, sendo que agora oito porcento dos portugueses estão divorciados, o que pode também explicar o decréscimo de população casada.
População mais alfabetizada
“Os Censos 2021 revelam que a população com ensino superior é de 1.782.888 indivíduos, representando 19,8 porcento da população com 15 ou mais anos (13,9 porcento em 2011). A população com ensino secundário e pós-secundário progrediu de 16,7 porcento para 24,7 porcento”, diz o relatório.
A taxa de analfabetismo tem também decrescido, registando-se 3,1 % dos portugueses com 10 ou mais anos analfabetos.