"A maior parte do pessoal que está aqui, que são cerca de 450 pessoas, quase 500 pessoas, não têm para onde ir. Não têm locais para poder fazer barulho, para poderem estar o tempo que quiserem, que é o que tem de bom isto [o centro comercial Stop]", disse presidente da Associação de Músicos do Centro Comercial Stop, Rui Guerra, à porta do estabelecimento, citado pela agência Lusa.

Mais de uma centena de lojas do Centro Comercial Stop, na Rua do Heroísmo, no Porto, estão a ser seladas pela Polícia Municipal “por falta de licenças de utilização para funcionamento”, justificou a Câmara Municipal.

Em comunicado, a autarquia presidida avança que estão a ser seladas 105 das 126 lojas deste centro comercial, numa operação que começou de manhã e obrigou à saída de lojistas, tendo alguns músicos do Stop permanecido no exterior do centro comercial.

Apesar disso, à porta do centro comercial Stop, eram visíveis vários músicos a retirar instrumentos e equipamento técnico, ocupando todo o passeio à porta do estabelecimento. O responsável lamentou ainda o "transtorno" para os artistas, antevendo que "muita gente vá abandonar o edifício" para sempre.

Rui Guerra disse ainda que a associação vai contactar a Câmara do Porto e que os músicos se vão tentar organizar para um protesto, "embora isto funcione sempre num caos, e só assim é que funciona".

Na nota enviada às redações, a Câmara Municipal do Porto justifica a operação “por falta de licenças de utilização para funcionamento”, mas garante que este “não é um processo de encerramento” do centro comercial.