No mês de janeiro, foram contabilizados pelas unidades de alojamento turístico nacionais 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, que em comparação com os registos do ano anterior mostram uma variação de +1,8% e -0,1%, respetivamente, com o INE a destacar que as “dormidas de residentes inverteram a trajetória de crescimento dos últimos três meses e decresceram 2,6%, totalizando 1,1 milhões”.
De acordo com as estatísticas, não só desceu o número de dormidas por parte de residentes, mas também as dos “não residentes abrandaram pelo terceiro mês consecutivo”, revelando um crescimento de 1,2%, correspondendo a 2,3 milhões.
“O abrandamento do crescimento dos mercados externos acentuou-se (+1,2%, após +7,5% em dezembro), tendo sido registados 2,3 milhões de dormidas. As dormidas de residentes totalizaram 1,1 milhões, contrariando a trajetória de crescimento dos últimos três meses (-2,6%; +9,6% em dezembro)”, refere o INE em comunicado.
O número de dormidas por parte de não residentes reduziu, devido ao abrandamento de chegada de turistas dos 10 principais mercados externos, que representam 73,1% das dormidas totais de não residentes.
A começar pelos turistas britânicos, que representam 15,8% do total das dormidas de não residentes em janeiro, registando um aumento de 6%, seguindo-se o mercado alemão, que foi o segundo mercado e cujas dormidas representaram 11,2% do total, após crescer 0,3% em janeiro.
Os espanhóis representam 8,8% das dormidas de não residentes no entanto o INE destaca que se “registou o maior decréscimo (-12,2%) entre os 10 principais mercados emissores em janeiro”.
“No grupo dos 10 principais mercados emissores, destacaram-se ainda em janeiro os mercados polaco e irlandês (3,6% e 2,4% do total, respetivamente) pelos crescimentos mais expressivos, +25,2% e +17,5% face ao mesmo mês do ano anterior”, afirma o INE.
A nível nacional, os maiores aumentos de dormidas registaram-se no Oeste e Vale do Tejo (+18,7%), seguindo-se o Norte (+3,7%) e o Centro (+3,3%), as maiores descidas foram registadas na Península de Setúbal (-9,7%), na Região Autónoma dos Açores (-4,0%), na Grande Lisboa (-3,9%) e na Região Autónoma (RA) da Madeira (-3,1%).
Na Grande Lisboa (29,3%), no Norte (18,2%), na RA Madeira(+16,8%) e no Algarve (16,4%), registou-se o maior número de dormidas, segundo o INE.
Quanto às dormidas de residentes o crescimento notou-se em zonas como o Oeste e Vale do Tejo (+11,3%), Centro (+4,6%), Norte (+2,5%) e Alentejo (+2,3%), registando-se um decréscimo em regiões como: RA Madeira (-16,6%), na Grande Lisboa (-11,3%) e na RA Açores (-10,3%).
“Em janeiro, as dormidas de não residentes cresceram de forma mais expressiva no Oeste e Vale do Tejo (+31,9%), na RA Açores (+6,3%) e no Norte (+4,7%). Os principais decréscimos observaram-se na Península de Setúbal (-13,4%) e na Grande Lisboa (-1,5%), tendo sido mais ligeiros na RA Madeira (-0,9%) e no Centro (-0,2%)”, acrescenta o INE.
Em média, em janeiro, os turistas ficaram hospedados nos alojamentos turísticos por 2,33 noites, um decréscimo de 1,9% que se junta à queda de 2,3% registada em dezembro. O INE destaca que “o Oeste e Vale do Tejo e a RA Madeira registaram os maiores crescimentos neste indicador (+2,5% e +2,3%, respetivamente), enquanto na Península de Setúbal e na Grande Lisboa se observaram os decréscimos mais expressivos (-6,3% e -3,0%, respetivamente)”.
Quanto aos residentes, a média de noites em alojamento turístico foi de 1,69 noites, diminuindo 1,6%, já não residentes ficaram no país por 2,88 noites, mostrando uma redução de 3,1%.
A “estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões”, assinala o INE, reforçando que RA Madeira registou “as estadias médias mais prolongadas, quer dos residentes (2,62 noites) quer dos não residentes (5,44 noites)”.