De acordo com os dados divulgados pelo INE, que apontam para um crescimento de 4,5% do turismo no primeiro semestre do ano, entre janeiro e junho o turismo registou mais de um milhão de turistas provenientes dos Estados Unidos, o que representa um crescimento de 15% face ao período homólogo de 2023.
Para além dos EUA, apenas o Reino Unido, que continua a liderar o ranking com mais turistas em Portugal, registou mais de um milhão de hóspedes em Portugal até ao final de junho. Os EUA surgem assim como o segundo país de origem dos turistas não residentes, empatado com o Reino Unido, o principal mercado para o sector turístico nacional.
No primeiro semestre do ano, o INE registou cerca de 1,2 milhões de turistas britânicos, mais 119 mil turistas do que os Estados Unidos e um aumento de 6% face ao mesmo período do ano anterior.
O Reino Unido tem sido historicamente o principal contribuinte para a atividade turística nacional, com um peso de 13% nos turistas estrangeiros e 18% nas dormidas - 4,7 milhões das 25 milhões de dormidas de hóspedes não residentes foram geradas por turistas britânicos -, no entanto, os Estados Unidos têm vindo a ganhar relevância nos últimos anos e ultrapassaram países como Espanha e Alemanha.
O número de turistas norte-americanos tem vindo a aumentar nos últimos anos, com a popularidade de Portugal como destino de férias a crescer nos Estados Unidos. O número de turistas norte-americanos quase duplicou no espaço de dois anos, passando de 584,7 mil no primeiro semestre de 2022, para 902 mil até junho de 2023 e mais de um milhão no último semestre do ano. Os estrangeiros representam quase dois terços dos hóspedes
A atividade turística, que tem mantido uma dinâmica de crescimento positiva, tem sido ajudada pelo contributo dos estrangeiros. No primeiro semestre do ano, o INE revela que foram registados 14,4 milhões de turistas, mais 5,6% do que em igual período do ano anterior. Destes, 8,8 milhões, ou seja, 62%, eram estrangeiros.
Em termos de dormidas, os EUA são o quinto maior mercado, com 2,35 milhões de dormidas no primeiro semestre do ano, atrás do Reino Unido, Alemanha, Espanha e França. Tal como acontece com o número de hóspedes, também os estrangeiros representam a maior fatia das dormidas.
Do total de dormidas, 25,5 milhões, ou seja, 71,5%, foram geradas por hóspedes estrangeiros. Os cinco principais mercados - Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e EUA - geraram 14,4 milhões de dormidas, mais de metade do total de dormidas de estrangeiros.
Em termos globais, as dormidas cresceram 4,5%, atingindo os 35,5 milhões, o que se traduziu em aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,1% nos de aposento, aumento determinado pelo contributo dos estrangeiros.