Com o mercado britânico a representar cerca de 20 por cento do turismo internacional em Portugal, Pedro Machado, Secretário de Estado do Turismo (SET), disse ao Publituris que a forma de dimensionar este mercado passa pela "grande presença de Portugal numa das maiores feiras mundiais do sector, com a presença de 112 empresas no stand do Turismo de Portugal ".
Pedro Machado fez questão de reforçar esta ideia, não só com a presença destas 112 empresas, mas pelo facto de "estas empresas representarem todo o território nacional. Portugal já não se apresenta apenas como o Algarve, Lisboa ou Madeira, mas como um destino turístico completo e diversificado".
"Durante muitos anos, a nossa presença não reflectia, de facto, o que era Portugal em termos turísticos", afirmou. "Temos vindo a crescer e a mostrar um Portugal diferente, diverso e com valor. Vimos crescer o Porto, o Centro, os Açores e o Alentejo, o que faz com que hoje haja uma distribuição mais equitativa daquilo que é, por um lado, a aptidão para o mercado do Reino Unido do ponto de vista das nossas empresas, mas também, e essa é a justificação para estarmos aqui, para que o Reino Unido olhe para Portugal de outra forma, como mais global, mais abrangente e com maior diversidade".
"A presença do statement 'Portugal is Art' significa que somos gastronomia, natureza, mas também arte, enoturismo, literatura, turismo industrial", sublinhando que "estamos, no fundo, a abrir aquilo que são as nossas propostas de valor para um país que é mais moderno, mais competitivo e que pode perfeitamente responder a várias motivações, a várias expectativas".
Mais voos
Pedro Machado destacou ainda o que a sua própria presença, bem como a do Turismo de Portugal, está a fazer na WTM. "Ainda agora terminei uma reunião com a Jet2, que vai ter voos diretos para o Porto, para o Algarve e vai pensar seriamente em reforçar a sua presença na Madeira. Isto significa que os próprios operadores britânicos estão a olhar para Portugal como uma boa aposta para o presente, mas sobretudo para o futuro".
Todo este cenário faz com que Pedro Machado esteja confiante de que "podemos ultrapassar seguramente a fasquia dos 10 milhões de dormidas em 2024, depois de, em 2023, termos ultrapassado os 9 milhões de dormidas e termos chegado perto dos 4 milhões de hóspedes".
Relativamente ao poder de influência do mercado britânico, Pedro Machado admite que "um mercado com 70 milhões de pessoas pode sempre influenciar outros mercados emissores. Estamos a falar de um dos mercados financeiros mais poderosos do mundo, cruzam-se aqui geografias imensas, o que significa que a imagem de Portugal, que é francamente positiva, pode expandir-se exponencialmente".
A Secretária de Estado do Turismo concluiu destacando um fator muito importante, não só para o mercado britânico mas para todos: "A segurança. A perceção que o mundo tem de Portugal em relação ao facto de ser um destino seguro não tem preço".