A CGD prevê que em 2025 o preço da habitação continue a aumentar porque a procura de casas vai continuar a ser muito superior à oferta, disse o presidente executivo, Paulo Macedo. "Vamos assistir a uma continuação do aumento dos preços [em 2025] porque não vemos que haja oferta suficiente" para a procura, disse Paulo Macedo na sessão de abertura da conferência "Encontro Fora da Caixa", que decorreu em Faro, com o tema "A importância da gestão dos recursos naturais para o futuro do país".

O presidente da Comissão Executiva afirmou que o aumento do preço da habitação, que a CGD prevê para o próximo ano, deve-se a uma "oferta insuficiente", a um "aumento da procura", sem que haja uma "substituição da capacidade de produção das empresas por uma oferta de casas a preços acessíveis".

Esta posição foi assumida numa parte do seu discurso em que Paulo Macedo traçou o contexto macroeconómico que o banco que dirige espera em 2025, com a economia a crescer, nomeadamente devido ao aumento do consumo, à influência do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com uma "execução significativa", à inflação baixa e à redução das taxas de juro.

"Vemos a economia a crescer, mas não tanto como gostaríamos, a um ritmo de 3%, um objetivo dos economistas", disse o banqueiro que alertou que estas perspectivas de curto prazo têm "algum risco".

Relativamente aos particulares, Paulo Macedo diz que estão criadas as condições para que haja uma melhor taxa de esforço, uma maior capacidade de endividamento, um aumento do investimento, do crédito ao consumo e do crédito à habitação, mantendo o nível de emprego.

A CGD espera que o rendimento disponível aumente, com um aumento do rendimento real dos trabalhadores e pensionistas, uma redução dos impostos, uma redução das taxas de juro e uma diminuição da inflação.