Este valor representou um crescimento de 5,6% em relação ao primeiro trimestre e uma aceleração da variação anual face aos 5,0% registados entre janeiro e março.

No período em análise, o preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em 21 das 26 sub-regiões NUTS III, com o INE a destacar Viseu Dão Lafões como a que registou o maior crescimento (17,2%).

A Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e a Área Metropolitana do Porto foram as cinco sub-regiões com os preços medianos da habitação mais elevados e "apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador (território nacional e estrangeiro)".

Compradores estrangeiros

Particularmente na Grande Lisboa e na Área Metropolitana do Porto, o preço mediano das transacções realizadas por metro quadrado por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respetivamente em 80,4% e 53,4%, o preço das transacções efectuadas por compradores com domicílio fiscal em território nacional.

No período em análise, o valor mediano das habitações familiares transaccionadas em Portugal que envolveram compradores com domicílio fiscal no estrangeiro subiu 1,9% em termos homólogos, para 2.454 euros por metro quadrado, o que compara com a mediana de 1.702 euros por metro quadrado nas transacções que envolveram compradores com domicílio fiscal nacional (mais 7,2%).

Mais caros

Entre abril e junho, a Grande Lisboa (2.801 euros por metro quadrado), o Algarve (2.735), a Região Autónoma da Madeira (2.080), a Península de Setúbal (2.048) e a Área Metropolitana do Porto (1.957) "registaram preços de habitação superiores aos do país", sendo que, entre estes, apenas o Algarve (5,9%) e a Grande Lisboa (1,4%) registaram taxas de variação anual inferiores à taxa nacional.

No segundo trimestre, e contrastando com a evolução de Viseu Dão Lafões, a região do Douro registou a maior descida homóloga dos preços da habitação (5,6%), enquanto a Beira Baixa apresentou o preço mediano de venda mais baixo para alojamentos familiares, com 562 euros por metro quadrado.

No mesmo período, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto, com exceção de Santa Maria da Feira e Gondomar, "registaram preços medianos de habitação superiores ao valor nacional (1.736 euros por metro quadrado)".

No segundo trimestre de 2024, registou-se uma aceleração dos preços da habitação em 12 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (14 no primeiro trimestre de 2024), com Barcelos a apresentar o maior aumento, de 16,6 pontos percentuais, contrastando com os maiores decréscimos da taxa de variação anual, que ocorreram em Matosinhos (-17,6 pontos) e Coimbra (-15,9 pontos).