Em comunicado enviado ao The Portugal News: “É urgente e absolutamente necessário economizar água no Algarve e a mudança nas tarifas faz parte de um conjunto de medidas, já anunciadas pelo Governo, para reduzir o consumo de água em 15%, dado o grave problema de seca na região. Restringir o consumo ao estritamente essencial é o objetivo desta medida”.

As mudanças foram decididas em reunião realizada na Comunidade Intermunicipal do Algarve, e têm como base a proposta da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR).

Os aumentos deixam de fora o primeiro nível, no segundo o aumento será de 15%, no terceiro 30% e no quarto nível chega a 50%.

Os níveis não são iguais em todos os municípios, mas, em geral, o consumo é distribuído da seguinte forma:

  • Primeiro nível: até 5m3 de consumo por mês. Está isento do aumento
  • .
  • Segundo nível: entre 5 e 15m3 de consumo mensal. Abrange a maioria dos consumidores.
  • Terceiro nível: vai de 15 a 25m3 de consumo.
  • Quarto nível: acima de 25m3.

  • Cortes de água

    Segundo a AMAL, os municípios do Algarve são obrigados a atingir a meta de 15% na redução do consumo de água, estabelecida pelo Governo, e multas serão aplicadas nos casos em que persistam usos considerados excessivos. Municípios que, pelo segundo mês consecutivo, não reduzem o consumo, sofrem uma redução na água fornecida a eles, o que significa que eles terão menos água disponível em suas torneiras.

    O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve espera que com estas medidas ganhemos “uma consciência real do grave problema que vivemos na região do Algarve, que exige o envolvimento e esforço de todos”. António Pina considera que no caso do segundo escalão, que inclui a grande maioria dos consumidores, “se uma família economizar 15% no consumo, o aumento das tarifas será zero. Nos demais escalões, se os consumidores adotarem a mesma postura, também não sentirão o aumento das tarifas, mas quem não poupa, que não é solidário com todos os outros consumidores e continua a usar mais água do que deveria e precisa, será

    penalizado”.

    Dos 16 municípios do Algarve, apenas Silves manifestou a intenção de não implementar esta medida.

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