Dados enviados à Lusa pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) mostram que as chuvas de janeiro, em particular, significaram que, em 21 de fevereiro de 2025, a capacidade das seis barragens no Algarve estava em 54% do total.

Um ano antes, esse percentual era de 34%, 20 pontos percentuais a menos, o que significa uma retenção de 90 hectômetros cúbicos (hm3) de água durante um ano, agora são 240 hm3.

Fonte da APA destacou à agência Lusa a situação atual nas barragens de Odeleite (79%) e Beliche (72%).

“A notícia menos boa é que a recuperação foi assimétrica. Como resultado das chuvas de janeiro, mais de 70% estavam no lado do sotavento [leste]”, lamentou

a mesma fonte.

A APA lembra que o Algarve é a única região que tem duas barragens com menos de 20% da sua capacidade (Bravura e Arade), que estão localizadas na região de barlavento (oeste).

Assim, embora as barragens no leste do Algarve tenham aumentado muito seu armazenamento e estejam com mais de 50% da capacidade, as do oeste do Algarve continuam tendo dificuldade em preencher as mesmas porcentagens, devido às chuvas menos abundantes.

No lado leste, a barragem de Odeleite está agora com 79% de sua capacidade (103,10 hm3) e a barragem de Beliche em 72% (34,55 hm3).

Na direção oeste, as porcentagens são menos importantes, com Odelouca registrando 43% de sua capacidade (67,01 hm3), Arade 18% (5,01 hm3), Bravura 17% (5,82 hm3) e Funcho 50% (24,05 hm3).