O coordenador do Bloco de Esquerda, que falou durante um almoço com ativistas, em Viana do Castelo, disse que o projeto, chamado Vida Boa, será debatido, no âmbito de uma potencial agenda agendada para quarta-feira.

“Quem ama um país quer o bem de seu povo, sem olhar para quem. É dessa visão do país que o Bloco de Esquerda não desiste. Por que não podemos trabalhar quatro dias por semana para termos tempo para nossos filhos, para o lazer? (...) Por que a vida tem que ser passada trabalhando para evitar receber o salário mínimo ou um salário que não paga a casa”, perguntou ela.

Para Mariana Mortágua, “uma boa vida é garantir a reposição das férias tiradas pela 'troika'. Uma vida boa é garantir a quem tem filhos mais cinco dias de licença, sem qualquer justificativa

.”

“Sabemos que ter filhos dependentes significa dedicar mais tempo à família e essa responsabilidade nem sempre cabe às mulheres. Depende de todos, depende da sociedade”, ressaltou.

Para Mariana Mortágua, “nos primeiros 30 dias do Governo de Montenegro, as promessas feitas durante a campanha eleitoral desapareceram porque não existiam”.

“Vimos uma campanha eleitoral em que o PSD falou sobre salários baixos, sobre serviços públicos que não funcionaram, habitação que era só para poucos, sobre a emigração de jovens que não tinham dinheiro para ficar em Portugal. Uma campanha na qual o PSD fez promessas eleitorais, prometeu carreiras e salários a funcionários públicos, forças de segurança, médicos, enfermeiros e funcionários judiciais, prometeu um choque fiscal ao país contra o desfalque que supostamente existia no IRS. Ele prometeu libertar a máquina estatal dos laços partidários. São promessas que sobrevivem ao plano que o Governo tem para o país”, disse.