Em declarações à agência Lusa, o administrador da empresa municipal Tavira Verde, entidade que gere o abastecimento público de água neste município algarvio, disse que “o corte começou a ser implementado esta semana, como parte da luta contra a seca no Algarve”.
Antonio Ramos justificou o corte no fornecimento de medidores de piscinas e jardins, devido ao fato de os clientes “não terem reduzido o consumo em 70%, como havia sido solicitado pela empresa”.
“Dissemos [aos clientes] que eles só poderiam consumir 30%, mas como não havia nenhuma redução esperada, avançamos com essa medida para tentar chegar ao final do ano com uma redução total de cerca de 10%”, destacou.
O administrador de Tavira Verde reconheceu que “houve um esforço de todos os residentes” para economizar água, mas “não foi suficiente”.
O município, disse ainda, está empenhado em cumprir a redução de 10% em relação a 2023, decretada pelo Governo para o consumo urbano, admitindo que “será difícil atingir essa meta até ao final do ano”.
“Estamos experimentando apenas uma redução geral de 7%, o que nos obriga a adotar medidas, nos últimos dois meses, para reduzir o consumo em espaços públicos e privados, o que estimamos será uma redução de 2%”, destacou.
Antonio Ramos considerou que o corte no fornecimento para irrigação de jardins e manutenção de piscinas “não terá um grande impacto devido às condições climáticas, dado que a estação é mais úmida e com alguma chuva”.
Além de cortar o fornecimento dos segundos medidores, a corporação municipal também está reduzindo a pressão nos canos de água durante o período diário entre 0h e 6h, revelou o funcionário.
“Entre meia-noite e 6h da manhã, reduzimos a pressão para valores muito baixos e, durante o dia, mantemos uma pressão normal controlada, para que a água chegue a toda a população”, disse ele.