“Essa perspectiva de mudança política nos Estados Unidos da América tem que ser vista como uma oportunidade, a oportunidade de falar menos e fazer mais”, disse Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas portugueses.
“Do ponto de vista bilateral, temos todo o interesse em continuar a aprofundar a nossa relação” entre Lisboa e Washington, dado que, “do ponto de vista econômico, cultural e até histórico temos uma relação muito profunda” devido “à grande comunidade portuguesa nos Estados Unidos da América e ao fato de que cada vez mais americanos estão investindo em Portugal e visitando Portugal”, disse.
Numa altura em que a UE tenta ser mais competitiva economicamente e mais independente de países terceiros, o chefe de governo português reforçou que “a Europa deve ter mais autonomia, do ponto de vista, não só da defesa, mas também do ponto de vista da sua dinâmica económica”.
“Temos que reforçar a capacidade dos europeus de produzirem mais em todos os contextos do setor primário, desde o início”, frisou.
Questionado sobre a posição de Trump em relação ao apoio ocidental à Ucrânia após a invasão russa, que começou em fevereiro de 2022, Luís Montenegro disse esperar que os Estados Unidos continuem sendo um “parceiro privilegiado” na ajuda, particularmente no nível da OTAN.