Joana Martins, residente há quatro anos no parque de campismo Vasco da Gama, explicou que os ventos mais fortes foram sentidos por volta das 22h de quarta-feira, e duraram até às 3h de hoje.

Durante esse período, a Proteção Civil convidou os usuários a se reunirem no café dentro do parque, pois várias árvores caídas destruíram várias casas. Martins acrescentou que a maioria das pessoas tem residências temporárias, mas algumas moram permanentemente no acampamento

.

Em Portugal continental, esta foi uma das mais de 4.000 ocorrências relacionadas com o mau tempo registadas da meia-noite às 7h, a maioria das quais foram quedas de árvores e estruturas, de acordo com a Autoridade de Proteção Civil (ANEPC).

A depressão de Martinho causou alertas sobre vento forte, chuva e mar agitado. “Temos um recorde acumulado da meia-noite de 19 de março até as 7h de hoje de 4.214 ocorrências, das quais 2.314 foram árvores caídas, 1.169 quedas de estruturas, 643 limpezas de estradas, 45 movimentos de massa e 38 inundações”, afirmou José Miranda,

da ANEPC.

As regiões mais afetadas foram a Sub-Região da Grande Lisboa com 1.452 incidentes, a Península de Setúbal com 456 e a Sub-Região Oeste com 329.

Ele também indicou que 14.560 agentes foram mobilizados, com o apoio de 4.901 recursos terrestres.