De acordo com dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), partilhados por Meteofontes, rajadas de 159 quilómetros por hora foram registadas em Fóia (Monchique), o ponto mais alto do Algarve na noite passada.
No entanto, “não há situações graves e os incidentes, causados principalmente pelo vento, foram todos resolvidos no âmbito municipal, sem a necessidade de envio de recursos externos”, disse à Lusa o comandante regional do Algarve da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Vítor Vaz Pinto.
De acordo com este responsável, várias casas e edifícios foram danificados, “mas não houve feridos nem necessidade de realojar ninguém”.
“Esperávamos mais chuva, mas o vento era o principal problema, com árvores e estruturas móveis caindo principalmente”, acrescentou Vítor Vaz Pinto.
De acordo com os serviços regionais de proteção civil, em Foia, o ponto mais alto do Algarve, localizado na serra de Monchique, foram registrados ventos de até 140 km por hora.
Das 20:00 de quarta-feira até às 8:00 de hoje, os serviços regionais da ANEPC registaram 193 incidentes, 143 dos quais foram quedas de árvores.
Também houve 16 incidentes relacionados a quedas de estruturas removíveis (principalmente painéis publicitários ao longo de estradas) e nove quedas de elementos de construção em estruturas construídas (principalmente andaimes).
Também vale mencionar oito situações em que estruturas que estavam em risco de queda foram removidas, três estavam limpando estradas e uma estava relacionada a inundações.
O dispositivo de prevenção que resolveu estes incidentes mobilizou 719 operacionais e 235 veículos dos vários serviços de proteção civil, entre os quais os bombeiros foram os mais numerosos, mas também da PSP (Polícia de Segurança Pública), GNR (Guarda Nacional Republicana), serviços de proteção civil das câmaras municipais e da E-Redes (a empresa responsável pela rede de distribuição e pelo transporte de eletricidade para residências).
Os serviços regionais de proteção civil alertam que haverá um novo agravamento das condições meteorológicas esta tarde, mas não se espera que seja tão adverso quanto o que ocorreu durante a noite.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para o Algarve, sendo esperadas chuvas, por vezes fortes, possivelmente de granizo e acompanhadas de trovoadas, rajadas de vento de até 75 km/hora, especialmente na costa e nas montanhas, e, na costa oeste, ondas no mar de oeste/sudoeste de quatro a cinco metros, e na costa sul, ondas de sudoeste de quatro a quatro metros e meio.