Em
declarações à Lusa, o presidente do Movimento de Apoio à Problemática da Sida
(MAPS), Fábio Simão, classificou de “sufocante” o que causa o aumento dos
preços, que tem levado algumas das pessoas apoiadas pela instituição a pedir
“um reforço do cabaz que recebem antes do fim do mês”.
Segundo o
responsável, gradualmente as pessoas voltam a pedir ajuda, mas que a
empregabilidade sazonal consegue disfarçar algumas das dificuldades dos
cidadãos.
A
instituição apoia 50 pessoas, dando cabazes alimentares doados pelo Banco
Alimentar e outras entidades, cerca de 160 através de um programa do Governo de
apoio a famílias carenciadas e aproximadamente 70 com refeições confecionadas,
no quadro de um apoio excecional criado durante a pandemia.
A
coordenadora da Refood, que combate o desperdício alimentar em Faro, também
afirmou que a situação pode vir a piorar. Segundo Paula Matias, as pessoas
procuram o apoio da instituição devido ao elevado preço das rendas de
habitação, que junto com o pagamento de outros serviços, deixando a alimentação
para outro plano.
Por sua vez,
uma responsável da Cáritas Diocesana do Algarve disse à Lusa que ainda não se
verifica um aumento da procura por apoios na região, à semelhança do que já
acontece noutras regiões do país, devido ao bom ano que o turismo está a
registar e ao facto de muitas pessoas ainda estarem a trabalhar.