Cada vez mais pessoas estão interessadas nos hospitais privados. "O crescimento da procura tem sido muito elevado e, em paralelo, o número de pessoas com seguro de saúde também cresce", disse o presidente da APHP, Óscar Gaspar, em declarações à Lusa.
"Claramente, as companhias de seguros são, de longe, o maior pagador que nós temos", disse, acrescentando que estes "correspondem a mais de 60% dos interlocutores em termos de pagamentos".
Ao contrário, a ADSE (subsistema de saúde da função pública), que já representou cerca de 30% da atividade dos hospitais privados, caiu para cerca de 15%, referiu Óscar Gaspar.
Segundo o presidente da APHP, apesar da ADSE "continuar a representar um volume significativo da atividade, já não é a entidade com maior volume de pessoas que chegam aos hospitais privados", sobretudo, devido às tabelas de preços mais rígidas, face às seguradoras, e à redução, desde 2018, da oferta de cuidados de saúde do regime convencionado.
Tal como a Lusa noticiou na quinta-feira, o número de utentes sem médico de família aumentou 29% num ano, ascendendo agora a quase 1,7 milhões, devido a aposentações e à falta de capacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para atrair especialistas.
Segundo o portal da transparência do SNS, em abril de 2022 um total de 1.299.016 milhões utentes não tinham médico de família atribuído, número que aumentou para 1.678.226 um ano depois.