Os dados são da Associação da Hotelaria de Portugal(AHP), que divulgou os resultados relativos ao 3º Trimestre deste ano, destacando o desempenho positivo do sector hoteleiro nacional.
Segundo a AHP, os "resultados confirmam a trajetória de crescimento nos meses de verão, apesar dos sinais de abrandamento sentidos desde o início do ano".
Durante o período de verão, os empreendimentos turísticos de todo o país registaram 10,2 milhões de hóspedes (+4%), acompanhados de 28 milhões de dormidas (+3%) e 2,5 mil milhões de euros de proveitos totais (+9%).
"Apesar do crescimento relativo em relação a 2023, naturalmente e como previsto, já não se registam crescimentos homólogos de 2 dígitos, como no ano anterior", acrescenta a AHP.
O preço médio por quarto ocupado (ARR) foi de 145 euros (+6%), enquanto a renda por quarto disponível (RevPAR) aumentou para 102 euros (+6%). A taxa de ocupação manteve-se estável nos 70%.
Principais mercados
Relativamente aos mercados emissores, em termos percentuais, a América do Norte manteve um forte crescimento, com os EUA a registar +9% de hóspedes e +10% de dormidas, e o Canadá a registar +12% de hóspedes e +13% de dormidas.
A Polónia destacou-se como o mercado com maior crescimento relativo (+21% de hóspedes e +18% de dormidas), especialmente em regiões como a Madeira e a Grande Lisboa.
Apesar de o mercado francês continuar a ser uma das principais fontes de turistas e receitas para Portugal, sendo atualmente o 5º e o 2º mercado, respetivamente, neste 3º Trimestre registou-se uma redução de -3% nos hóspedes e dormidas, confirmando a tendência de queda verificada desde o início do ano.
No entanto, "de acordo com a análise da AHP Research, e apesar da diminuição do volume, o mercado francês destacou-se pelo seu elevado poder de compra, gerando receitas médias de 915€ por noite - as mais elevadas entre todos os mercados emissores".
As regiões da Grande Lisboa, Norte e Algarve continuam a atrair a maioria dos turistas franceses, com destaque para o Norte, que recebeu 162,5 mil hóspedes;
Foi também no Algarve e na Grande Lisboa que o mercado francês registou as maiores quebras: -8% de hóspedes e dormidas no Algarve e -6% de hóspedes e dormidas na Grande Lisboa.