O presidente da câmara de Olhão, António Miguel Pina, promoveu uma reunião entre as autoridades envolvidas na resolução dos problemas de assoreamento na Ria Formosa, na qual havia a indicação de que a areia removida será usada para reforçar barreiras de areia na Praia da Fuseta e na Praia de Faro.

“A perspectiva que nos é dada pela DGRM [Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos] é que durante o mês de abril abrissem um concurso” para realizar a dragagem, que deverá ser realizada “ainda este ano, depois da época balnear”, disse o autarca.

Ao mesmo tempo, António Miguel Pina espera que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) autorize até o final de março que “a areia removida em vez de ser depositada em alto mar, conforme planejado, seja usada para “reforçar as dunas” de algumas das ilhas barreira.

De acordo com a Câmara de Olhão, todas as entidades presentes foram “unânimes na decisão de unir forças para que a dragagem comece o mais rápido possível e que, além dos materiais dragados serem depositados nos polígonos de imersão, também sejam usados para reforçar o cordão dunar”.

Em comunicado, a autoridade distrital de Faro afirma que “a dragagem é uma medida essencial para garantir a renovação da água, a oxigenação dos sedimentos, a manutenção dos canais de navegação e a salvaguarda dos habitats naturais”.

Uma resolução do Conselho de Ministros atribuiu, em 2023, um orçamento de cinco milhões de euros para realizar dragagens na Ria Formosa, um sistema lagunar que se estende pelos municípios de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.