O município de Mourão, que pertence ao distrito de Évora, pretende prosseguir com a instalação de um sistema de videovigilância no centro da cidade como forma de combater o suposto aumento da atividade criminosa, revelou o prefeito do município, João Fortes. O custo estimado do sistema de videovigilância, que incluirá de oito a 12 câmeras, é de cerca de €100 mil
.O prefeito revelou em comunicado à Lusa que foram registradas ocorrências criminais na cidade, como “intrusões nas casas das pessoas, tentativas de roubo de carros e, às vezes, danos à propriedade” e que “há uma vaga associação com grupos de jovens”, disse ele acrescentando que “Sempre tivemos alguns episódios raros de roubo, particularmente em colinas, mas, sem explicação aparente, o nível de criminalidade aumentou e isso corresponde ao volume de reclamações”.
De acordo com João Fortes, o município já gastou uma boa quantia de dinheiro na criação de um sistema de videovigilância em algumas áreas do município, o que tornou o crime nesses locais quase inexistente. No entanto, o problema persiste em outras áreas, o que cria “um sentimento de insegurança, medo de ir às ruas, de sacar dinheiro ou de ir à farmácia [...] no ano em que comemoramos 50 anos do 25 de abril, em que um dos princípios fundamentais é a liberdade, sem segurança não há liberdade, tem que ser resolvida”, concluiu o prefeito.
O plano é trabalhar em conjunto com a GNR para mapear as ocorrências e, se acordado pelos oficiais, as áreas mais prevalentes relacionadas ao crime serão cobertas por videovigilância. De acordo com João Fortes, quando o sistema de vigilância começar a operar, ele “dará espaço para que a GNR se concentre mais no patrulhamento em áreas que não estão sendo monitoradas”. No entanto, embora a câmara tenha pressionado as coisas para que avancem o mais rápido possível, o prefeito acredita que “as consequências práticas da ação da GNR podem ser um pouco a desejar” e mencionou que pode ser necessário implementar “algum tipo de metodologia diferente”.