O médico de Bangladesh, Mubasshir Hussain, disse ao The Portugal News que às 17h30 de ontem eles ainda aguardavam notícias da AIMA desde que o protesto começou às 10h.

Dois manifestantes tiveram acesso ao escritório da AIMA por volta das 15h30 para se encontrarem com um executivo.

Como muitos outros, Mubasshir também está aguardando seu cartão de residência, que ele solicitou em 14 de fevereiro de 2024. Devido a circunstâncias familiares, ele deveria voar para Bangladesh em 6 de abril de 2024, o que

não aconteceu.

Depois de enviar vários e-mails para a AIMA (Agência para Integração, Migração e Asilo) e para o IRN (Instituto de Registros e Notário) para tentar encontrar uma solução, ele não recebeu nenhuma resposta relevante. “Visitei a AIMA há três dias, onde me disseram que deveria visitar o IRN. Falei com um oficial de segurança do IRN e eles me aconselharam a entrar em contato com a AIMA”, compartilhou acrescentando que “venho tentando encontrar uma solução para o meu problema, mas ninguém sequer tenta resolvê-lo”.


Mubasshir afirma que cerca de 300 pessoas participaram da manifestação ao longo do dia e que todos os migrantes estão experimentando a mesma sensação de “impotência”. “Minha esposa não consegue processar o visto sozinha sem minha ajuda, e eu não posso viajar para Bangladesh para ajudá-la”, lamentou.

Por volta das 18h30, os dois representantes da manifestação voltaram com algumas notícias sobre a situação dos cartões de residência dos migrantes, onde foram informados de que “Algumas das pessoas que se inscreveram em novembro/dezembro têm seus processos concluídos, mas nem todos, e para aqueles que se inscreveram em janeiro ou mais tarde, ainda não temos atualizações”.

“Longas esperas”

Após a reunião, Mubasshir relatou que a resposta que receberam dos oficiais foi que eles “não conseguiram especificar a duração da espera das pessoas que enviaram sua solicitação após janeiro, mas demorará um pouco”, acrescentando que “Haverá uma espera ainda maior para as pessoas que estão solicitando seu

primeiro cartão de residência”.

Créditos: Imagem fornecida;

Houve mais de 100.000 consultas agendadas desde a criação da AIMA. No entanto, embora o governo reconheça o atraso nas regularizações, eles não forneceram nenhuma solução definitiva. Como explicou Mubasshir, “Eles afirmaram que os indivíduos que solicitaram em novembro a renovação do cartão IRN receberão seu cartão em breve, e aqueles que enviaram seus processos em dezembro pela AIMA ainda precisam esperar que os processos sejam concluídos”.

Abhi Kumar Sharma, que falou com o The Portugal News um dia antes da manifestação, revelou que um dos oficiais da AIMA disse que eles “não têm pessoal suficiente para concluir todos os processos” e que, para os migrantes que solicitam seu primeiro cartão de residência, eles estavam apenas “aprovando os cartões daqueles que enviaram sua inscrição em setembro, enquanto os outros precisam continuar esperando”.

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    After studying Journalism for five years in the UK and Malta, Sara Durães moved back to Portugal to pursue her passion for writing and connecting with people. A ‘wanderluster’, Sara loves the beach, long walks, and sports. 

    Sara J. Durães