Os valores foram citados pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que respondia às perguntas dos jornalistas após a reunião do Conselho de Ministros.
“Passamos de 800 atendimentos por dia para 5.000, é uma grande capacidade de expansão”, disse o ministro, explicando que já era possível atender 113 mil pessoas e que há mais 108 mil casos que foram rejeitados.
Os valores já haviam sido divulgados em uma entrevista do ministro ao jornal Público e à Rádio Renascença. Leitão Amaro enfatizou o grande aumento no processamento de pedidos de residência por dia, e disse que a “falha na dignidade” de quem fez o pedido anos atrás está sendo resolvida e, por outro lado, há um reforço em termos de segurança, porque há uma
identificação de pessoas.Os 108.000 casos rejeitados, disse ele, estão essencialmente relacionados a não pagamentos, e não é um valor final porque ainda pode haver casos em que as pessoas, recebendo a notificação, poderão pagar.
Nas palavras do ministro, a grande maioria desses processos diz respeito a pessoas que não estão mais em Portugal, porque são pessoas que não pagaram a taxa que faz parte do processo.
Leitão Amaro disse que neste processo houve até casos de detenções, e explicou que a rejeição da autorização de residência resulta na presença ilegal.
A lei não mudou mas “agora há supervisão, finalmente”, destacou Leitão Amaro, lembrando que o Governo também está mudando as regras de devolução.