De acordo com a Rewilding Portugal, a presença dos animais estimulará a biodiversidade e apoiará o crescimento do turismo de natureza.

A mesma fonte afirmou que essa foi uma translocação pioneira, com os animais provenientes de reservas na Polônia.

“Esta é a primeira translocação de bisões europeus para Portugal de sempre”, pode ler-se no documento.

Como grandes herbívoros, os animais “diminuirão o risco de incêndios catastróficos” ao reduzir a vegetação inflamável e criar quebra-fogos naturais, ao mesmo tempo em que abrirão áreas florestais, o que permite que “mais luz entre e cresça grama em vez de ervas daninhas”, de acordo com o comunicado.

Os surtos de incêndio estão se tornando cada vez mais comuns nas regiões do Mediterrâneo, à medida que as mudanças climáticas levam a temperaturas mais extremas.

“Esse problema é agravado pelo fato de os arbustos invadirem áreas onde o gado desapareceu como resultado do despovoamento rural”, justificam os promotores.

O bisonte europeu compartilhará a paisagem com uma manada de touros, que foi realocada para o Grande Vale do Côa em 2023 e que recentemente se mudou para a mesma propriedade.



Benefícios:
➡️ aumentar o sequestro de carbono
➡️ estimular a biodiversidade
➡️ apoiar o crescimento do turismo de natureza

Créditos: Sara Calçada pic.twitter.com/azwageuzgj — Rewilding Portugal (@RewildingPortug) 31 de maio de 2024 “Como espécie-chave e emblemática do movimento de reflorestamento,

o bisão europeu tem o potencial de ser um herói do clima e da biodiversidade. Essa é uma das razões pelas quais o atual retorno desse influente herbívoro às paisagens europeias é tão importante, juntamente com os esforços para apoiar o crescimento populacional”, sustentaram os organizadores da iniciativa.


Embora o bisonte europeu não tenha sido registrado naturalmente na Península Ibérica, restos do extinto bisão da estepe, do qual descendem os bisões de hoje, foram registrados na região.

O bisão da estepe foi extinto há cerca de 10.000 anos, após a última era glacial, mas o bisão europeu - que coexistiu com o bisão da estepe por dezenas de milhares de anos na Europa - se espalhou pela Europa Oriental, pelo rio Volga e pelas montanhas do Cáucaso.