Em um comunicado, o movimento pede à sociedade que “pare a normalização da violência da crise climática causada por governos e empresas”, lembrando as recentes inundações em Valência, Espanha, como um exemplo do impacto das mudanças climáticas.

O objetivo da ação de sábado é criar uma “mobilização popular massiva” para “desmantelar a indústria fóssil e implementar um plano de transição baseado na justiça social e que respeite os limites planetários”, dizem os ativistas.

De acordo com a porta-voz do coletivo, Inês Teles, a realização, no Azerbaijão, de mais uma edição da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29) não teve impacto na opinião pública portuguesa, nem nas ações do governo.

“A banalização do colapso é total, enquanto governos e empresas de fósseis têm carta branca para expandir seu arsenal de bombas de carbono, perpetuando ataques em uma guerra contra a humanidade e o planeta”, acusa Inês Teles, na declaração do movimento.

A COP29 tem sido marcada por “discussões vazias”, no contexto em que um “negador do clima” foi eleito presidente dos EUA e pela aprovação do Orçamento do Estado em Portugal que “trata a crise climática como uma nota de rodapé”, acusa ainda o ativista.

A manifestação de sábado, que começa às 15h na Praça Paiva Couceiro, inclui a realização de assembleias populares para discutir o assunto, com a expectativa de que o bloqueio da Praça do Chile “quebre a normalidade catastrófica” em que o país vive e “abra espaço na sociedade para a discussão urgente que não está acontecendo nos centros de poder”, dizem os ativistas.

O objetivo final é discutir “como agir em conjunto diante da maior crise que a humanidade já enfrentou”, destaca o movimento, destacando que as questões climáticas, ambientais e sociais “não estão apenas interconectadas”, mas “são, de fato, a mesma coisa e afetam todas as pessoas que vivem neste momento histórico”.