Esta é uma das medidas do pacote de simplificação fiscal, que foi aprovado pelo Conselho de Ministros. Conforme explicado pelo Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, os contribuintes não só terão mais informações, mas também receberão alertas para evitar erros
no preenchimento do Modelo 3.“Vamos melhorar o apoio aos contribuintes no preenchimento de sua declaração de imposto de renda. Mais informações, informações mais simples e alertas evitam que erros sejam cometidos no preenchimento da declaração. Os contribuintes podem enviar sua declaração de imposto de renda com mais facilidade, incentivando a confiança entre as partes, ou seja, entre a Receita Federal e os contribuintes”, disse o funcionário, em
entrevista coletiva.Por outro lado, o Governo avançará com a “harmonização dos prazos para o cumprimento das obrigações de comunicação”, muitas das quais dizem respeito ao IRS.
Os contribuintes têm até 17 de fevereiro para notificar as autoridades fiscais sobre mudanças em seu domicílio, até 25 de fevereiro para validar suas notas fiscais e até 31 de março para consultar os valores determinados para despesas incorridas em serviços de saúde e educação e despesas de moradia (aluguel e juros) e casas de repouso.
“Vamos harmonizar para que a maioria delas seja no mês de fevereiro”, destacou o ministro, que indicou que essa harmonização entrará em vigor no próximo ano (ou seja, com referência à renda deste ano).
Quando questionado sobre possíveis mudanças no Imposto de Renda Automático, recurso que permite que os contribuintes enviem sua declaração anual em apenas alguns cliques, Miranda Sarmento destacou que a intenção do governo é que o Imposto de Renda tenha “cada vez mais campos pré-preenchidos”, inclusive, que o contribuinte valide as informações.
O pacote de simplificação tributária é composto por 30 medidas, distribuídas em três vetores: redução de custos de contexto, aumento da transparência e compreensão das obrigações fiscais e melhoria da qualidade dos serviços prestados.
Na conferência de imprensa, o ministro da Economia, Pedro Reis, destacou que são medidas que afetam muitas empresas e muitos contribuintes.
O ministro das Finanças observou que o custo de implementação deste pacote seria “muito baixo”, dadas as economias financeiras e econômicas que ele gerará para o Estado, empresas e contribuintes.