Em conferência de imprensa na sede do partido em Lisboa, André Ventura começou por saudar “a mudança de posição que PS e IL parecem ter tido sobre imigração e segurança”.
“Há quem pense que está a corrigir o seu caminho e a aproximar-se das posições do Chega, há também quem diga que é para fins meramente eleitorais ou eleitorais. Não nos importamos, o país está mudando e um novo consenso nacional parece estar surgindo em torno das questões de imigração e do retorno das questões de segurança”, argumentou.
O líder do Chega anunciou que o partido levará esta questão ao debate parlamentar no dia 20 de fevereiro e permitirá que iniciativas de outros partidos também sejam debatidas, além das do Chega.
“Buscando aproveitar o novo ambiente de consenso político, para que decisões fundamentais para o futuro das pessoas possam ser tomadas no dia 20”, disse ele.
André Ventura indicou que o Chega vai propor que os imigrantes que cometem crimes em Portugal não possam renovar o visto ou a autorização de residência.
“Procuraremos, de acordo com o novo consenso entre todas as partes, garantir que todos os imigrantes em Portugal que tenham um registro sejam mantidos na porta ou devolvidos ao seu país de origem e que aqueles que cometem crimes em Portugal possam ser repatriados ou deportados”, acrescentou.
O Chega também vai propor um aumento das penas “para um terço dos crimes mais graves que afetam a população portuguesa, nomeadamente roubo, sequestro e tráfico de drogas”, independentemente da nacionalidade de quem os comete.
O partido de extrema-direita também quer “um reforço policial nas áreas mais sensíveis do país, especialmente em Lisboa e no Porto, mas também no resto do país, onde tem havido maiores níveis de segurança”.