A principal barreira à compra ou comercialização de um automóvel em Portugal é o custo de o fazer, o que explica porque a maioria dos indivíduos (83%) não considera fazê-lo. É esta uma das inferências a retirar do estudo 'Observador Automóvel 2024', realizado pela Cetelem, marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance.
“A manutenção automóvel é um dos temas que mais preocupa os consumidores portugueses (45%) e que os torna hoje mais hesitantes em comprar um automóvel”, indica o estudo.
“Neste contexto, sete em cada 10 portugueses pensam que será difícil comprar um carro, sendo que 82 por cento antecipam também um aumento dos preços dos veículos novos. Além dos custos, os portugueses também consideram difícil a decisão de comprar um carro devido à variedade de marcas e à proliferação de opções disponíveis no mercado”, conclui o estudo.
Neste contexto, apenas 17 por cento dos inquiridos portugueses afirmaram que planeiam comprar um carro este ano, com 7 por cento a afirmar que comprariam um automóvel novo e 6 por cento um usado. Dos que pensam em comprar carro, 42 por cento afirmam que não o farão este ano. Por que? Seja porque esperam que os custos baixem (16%), porque não necessitam de um carro novo neste momento (42%) ou porque não têm os fundos necessários (41%).
Globalmente, o sentimento é o mesmo (foram inquiridas pessoas de 16 países); apenas uma em cada quatro pessoas deseja comprar um carro em 2024, com 54 por cento escolhendo um carro novo e 29 por cento um usado. Cerca de quatro em cada 10 pessoas já não têm intenção de comprar um veículo novo, ou não o farão durante pelo menos um ano.
Em 16 países (Alemanha, Áustria, Bélgica, China, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, México, Noruega, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia), o inquérito foi realizado online entre 28 de junho e julho, com 15.000 participantes – 800 em cada país, com exceção da França, onde foram entrevistados 3.000 participantes.