Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses) condenou empresas como a fábrica da Coca-Cola em Palmela pelas suas ações, alegando que a empresa subvaloriza os seus trabalhadores e oferece baixos aumentos salariais. O secretário defende que as greves, realizadas recentemente pelos funcionários da Coca-Cola, são compreensíveis.
Como argumentou Tiago Oliveira “Uma empresa com esta dimensão, com esta responsabilidade, avança com uma proposta que fica muito aquém daquilo que foi a reivindicação dos trabalhadores. Por isso é que os trabalhadores se manifestam nesta greve de 24 horas, lutando por melhores salários, é fundamental a valorização dos salários”. Acrescentou ainda que “É fundamental criar as condições para que os trabalhadores possam ter uma vida digna, uma vida desafogada. É preciso valorizar estes trabalhadores e esquecer esta ideia de que o lucro é mais importante do que a vida de cada um de nós. Temos que lutar, como estes trabalhadores estão a fazer, por uma vida melhor, com salários dignos e justos”.
Na passada quarta-feira, dia 24 Abril, os colaboradores da Coca-Cola realizaram uma greve convocada pela Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT). Em declarações à agência Lusa durante a manifestação conduzida por centenas de trabalhadores à porta das instalações da Coca-Cola Europacific Partners Portugal Unipessoal, Lda, em Azeitão, concelho de Palmela, distrito de Setúbal, o dirigente sindical da CGTP pediu “aumentos salariais dignos e a negociação do caderno reivindicativo”.
A paralisação, que afeta todos os colaboradores da empresa que prestam serviços em território nacional, paralisou a produção durante todo o primeiro turno (00h00/08h00) na fábrica de Palmela, segundo fontes sindicais.