O vice-presidente da autarquia e responsável pelo pelouro da Mobilidade, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), disse que a contratação da STCP surge na sequência do projeto RESTART - Masterplan para os Polos de Mobilidade Multimodal de Lisboa, que foi desenvolvido pela EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa para "fazer uma avaliação dos terminais rodoviários".
"Na sequência desse trabalho, foi previsto o desenvolvimento de um projeto de execução para o futuro terminal [rodoviário de Sete Rios]. Foi identificada uma empresa que entendemos ter competência para exercer a obra", disse Filipe Anacoreta Correia, referindo-se à STCP, empresa que explora os autocarros e eléctricos que circulam na cidade do Porto.
"Temos de reconhecer que a situação dos terminais de autocarros em Lisboa é francamente má e insuficiente", afirmou Anacoreta Correia, acrescentando que a autarquia, "num passado recente, não só não reforçou estes terminais de autocarros, como agiu contra eles", reduzindo a área em Sete Rios junto ao Jardim Zoológico, eliminando-os na Praça de Espanha, bem como realizando intervenções no Areeiro e no Campo Grande.
"Nos últimos anos, os terminais rodoviários têm sofrido grandes convulsões políticas e no passado recente, no último governo, isso é um facto. Esta foi uma das áreas mais penalizadas, em total contradição com a valorização dos transportes públicos, a recomendação de criar alternativas para que as pessoas não venham para a cidade de carro", sublinhou.
O autarca do CDS-PP defendeu que é preciso encontrar soluções para resolver a situação, indicando que o que foi feito no passado "foi muito mau" e "uma revisão tão profunda desta matéria não pode ser feita rapidamente".
O projeto RESTART tem como objetivo servir de ferramenta para repensar e planear a implementação de terminais rodoviários em Lisboa, com vista a ter "terminais intermodais satisfatórios e em linha com os existentes noutras cidades europeias".
De acordo com informação da EMEL, o RESTART é coordenado pela Câmara Municipal de Lisboa e tem um orçamento total de 864.533 euros, financiado pelo programa europeu CEF - Connecting Europe Facility, sendo a EMEL responsável pela gestão global do projeto.