"A grande novidade é o último dia, que nos leva ao Malhão através de um contrarrelógio individual e não de uma etapa. (...) Esperamos que haja mais adesão do público porque o espetáculo será mais completo e abrangente", afirmou Cândido Barbosa.

O dirigente falava aos jornalistas, em Faro, após a conferência de imprensa de apresentação do percurso da próxima edição da 'Algarvia', que vai decorrer de 19 a 23 de fevereiro de 2025.

Esta mudança troca "uma chegada fugaz, de dois ou três minutos", por uma "chegada de duas ou três horas, para todos verem o ciclismo e apoiarem os ciclistas, cada um, individualmente", explicou o recém-eleito presidente da federação, entidade que organiza a prova.

Cândido Barbosa destacou ainda que, em relação à 50.ª edição, "o pelotão vai manter-se quase idêntico" e que a eventual perda do belga Remco Evenepoel, vencedor em 2024 e atualmente em processo de recuperação de lesão, será colmatada por outras figuras.

"A partir de agora e até 10 dias antes do início da Volta ao Algarve, haverá sempre algumas entradas de outros atletas que podem compensar a saída deste nome, que gostaríamos muito que estivesse cá", comentou.

O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo disse esperar que João Almeida (Emirados Árabes Unidos), quarto classificado em 2024, e os campeões olímpicos de pista Rui Oliveira (Emirados Árabes Unidos) e Iúri Leitão (Caja Rural), tal como outros ciclistas portugueses que correm por equipas estrangeiras, possam participar na única prova portuguesa por etapas do circuito UCI ProSeries.

"João Almeida anunciou a sua presença aqui. Era importante que todos os nossos ciclistas emigrantes, que estão nestas equipas internacionais, pudessem estar todos aqui, porque normalmente só competem em Portugal aqui, no campeonato nacional e agora na Clássica da Figueira", destacou.

O presidente da Região de Turismo do Algarve, André Gomes, destacou que as 39 horas de transmissão televisiva internacional do evento em 2024 geraram um valor económico "superior a 36 milhões de euros", comprovando a "notoriedade e importância" do 'Algarve'.

O responsável recordou os aumentos registados no Algarve em hóspedes (+6,2%), dormidas (+4,6%) e passageiros movimentados no Aeroporto Gago Coutinho (+9%) no mês de fevereiro de 2024, face ao ano anterior, que demonstram "o impacto direto" da prova na economia regional.

Um contrarrelógio que termina no Malhão vai decidir o vencedor da 51.ª Volta ao Algarve, com os ciclistas a enfrentarem, entre 19 e 23 de fevereiro, um percurso que inclui uma 'nova' subida à Foia.