A nova esquadra especializada na investigação de tráfico de droga, que vai funcionar na sede da Divisão de Investigação Criminal (DIC), no Forte do Alto do Duque, em Lisboa, surge na sequência de uma reestruturação da DIC no âmbito dos crimes de tráfico de droga.
Fonte da PSP disse à Lusa que esta é a primeira esquadra da Polícia de Segurança Pública dedicada ao tráfico de droga e vai funcionar como projeto-piloto.
Em todos os comandos da PSP, existe uma brigada dedicada à droga nas esquadras de investigação criminal. Em Lisboa, a polícia juntou todas as brigadas existentes ligadas à investigação criminal e concentrou-as numa esquadra especializada, explicou a mesma fonte.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP refere que o tráfico de droga "é um flagelo que urge combater, sendo este combate claramente prioritário no quadro da União Europeia".
De acordo com o Cometlis, a Europol estima que cerca de metade das redes criminosas mais perigosas que operam na Europa estão envolvidas no tráfico de droga, sendo que 36% estão exclusivamente envolvidas e 18% estão também ligadas a outras actividades ilícitas.
O relatório anual da União Europeia sobre a droga refere um aumento significativo da produção de droga na Europa, nomeadamente ao nível das drogas sintéticas e da cocaína, bem como o aumento do grau de pureza e da disponibilidade da droga, o aumento significativo do consumo de canábis entre os jovens e o aumento dos homicídios e da violência relacionados com a droga.
"É neste contexto que surge a reestruturação da investigação do tráfico de estupefacientes na cidade de Lisboa, de uma forma completamente inovadora, quer em termos de estrutura, quer em termos de estratégia, que passará a ter um comando único e uma visão bem definida", destaca a PSP.