De acordo com as "Estatísticas Vitais" do INE, em 2024 registaram-se 118 374 óbitos, mais 0,1% (79 óbitos) do que em 2023, dos quais 252 óbitos foram de crianças com menos de um ano de idade (mais 42 do que em 2023), o que se traduziu num aumento da taxa de mortalidade infantil para 3,0 óbitos por mil nados vivos. (2,5‰ em 2023).
"O agravamento do saldo natural, em 2024, para -33-732 (-32 596 em 2023) foi, assim, determinado sobretudo pela diminuição do número de nados-vivos", destaca o INE, notando que a Grande Lisboa foi a única região NUTS II onde, pelo segundo ano consecutivo, se registou um saldo natural positivo (+929).
De acordo com os dados, em 2024, nasceram 84 642 bebés de mães residentes em Portugal, menos 1,2% do que em 2023 (85-699), representando uma relação homem-mulher de 106 (por cada 100 crianças do sexo feminino, nasceram cerca de 106 do sexo masculino).
Um terço dos bebés nascidos em Portugal eram filhos de mães nascidas no estrangeiro (29,2% em 2023), refere o INE, salientando que, na última década, a proporção de nados-vivos de mães de nacionalidade estrangeira mais do que duplicou.
A proporção de nados-vivos de mães de nacionalidade estrangeira foi superior ao valor nacional (33,0%) nas regiões da Grande Lisboa (47,8%), Península de Setúbal (46,9%) e Algarve (46,6%).
De acordo com o INE, a taxa de natalidade diminuiu em mais de metade das regiões NUTS II do país, com exceção do Oeste e Vale do Tejo (+1,0%), da Grande Lisboa (+0,9%), da Península de Setúbal (+0,3%) e da Região Autónoma da Madeira (+2,6%).
Com exceção da região Centro (-0,9%), nas restantes regiões o decréscimo foi superior ao nacional (-1,2%), tendo os Açores registado a maior quebra (-8,4%).
Em 2024, 66,2% do total de nascimentos foram de mães com idades compreendidas entre os 20 e os 34 anos, 32% de mães com 35 ou mais anos e 1,8% de mães com menos de 20 anos, segundo o INE, referindo que, entre 2015 e 2024, se registou uma diminuição de 0,9 pontos percentuais na proporção de nados-vivos de mães com menos de 20 anos.
"Embora, nos últimos dois anos, a proporção de nados-vivos de mães com 35 ou mais anos se tenha mantido nos 32%, no período em análise registou-se um aumento de 2,4 p.p. na proporção de nados-vivos de mães com mais de 35 anos".
Os dados referem que a idade média da mãe ao nascimento de um filho (independentemente da ordem de nascimento) foi de 32,1 anos (igual à registada em 2023) e ao nascimento do primeiro filho foi de 30,7 anos (30,6 anos em 2023).
Entre 2015 e 2024, registou-se um aumento de 0,4 anos na idade média ao nascimento de um filho e de 0,5 anos na idade média ao nascimento do primeiro filho.
Relativamente à mortalidade, os dados indicam que esta aumentou em quatro das nove regiões NUTS II, com acréscimos superiores aos registados a nível nacional (0,1%), destacando-se a Região Autónoma dos Açores com o maior aumento (3,6%), enquanto a Região Autónoma da Madeira registou a maior diminuição (-7,6%).
A maioria dos óbitos (86,6%) foi de pessoas com 65 ou mais anos, referem os dados, acrescentando que, entre 2015 e 2024, se registaram decréscimos nas proporções de óbitos de pessoas com menos de 65 anos e de 65 a 79 anos, de, respetivamente, 1,8 e 1,2 p.p. Por outro lado, verificou-se um aumento de 3,0 p.p. acima dos 80 anos.
Em 2024, também nas regiões NUTS II, a maior proporção de óbitos ocorreu no grupo etário dos 80 ou mais anos, representando mais de 50% da mortalidade em todas as regiões, com exceção dos Açores (46,2%). Nas regiões Centro, Oeste e Vale do Tejo e Alentejo, a proporção de óbitos neste grupo etário era superior à nacional (respetivamente 66,0%, 63,7% e 65,4%, contra 60,7%).