De acordo com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), se nada mudar em breve, será necessário encontrar outro símbolo para a chegada da primavera.
A SPEA acrescenta que o cuco e a pomba também estão em declínio em Portugal, Espanha e Europa em geral.
7 de maio de 2024🚨 Nos últimos 20 anos, o número de andorinhas-das-chaminés em Portugal diminuiu 40%. Uma queda representativa do declínio generalizado de diversas espécies de aves migratórias de longa distância. https://t.co/6A5obdY2mB #avesdeportugal #everybirdcounts #ciênciacidadã pic.twitter.com/TPF6OJPCHD
— SPEA (@spea_birdlife)
Os dados fazem parte do Censo de Aves, que avaliou as tendências populacionais de 64 aves comuns em Portugal continental no período 2004-2023. Também foi feita uma comparação com o que vem acontecendo na Espanha e na Europa, em relação às mesmas aves.
“No meio de uma crise de biodiversidade, ter acesso a informações atualizadas sobre o status de nossas espécies de aves comuns é um enorme valor agregado”, diz, citado no comunicado, Hany Alonso, técnico da SPEA e coordenador do Censo de Aves Comuns.
E acrescenta: “Ao observar os pássaros comuns, podemos entender melhor o que está acontecendo ao nosso redor. Essas espécies serão as primeiras a nos dar uma indicação de que algo não está certo.”
A SPEA nota que, além das aves migratórias, as aves comuns em áreas agrícolas, como o pardal e o francelho, estão em declínio nos últimos 20 anos, devido à “intensificação das práticas agrícolas”, que têm destruído “os mosaicos tradicionais que permitiram o florescimento da biodiversidade”.