Domingos Fernandes esteve na comissão parlamentar de Educação para apresentar o Relatório do Estado da Educação, das creches à educação de adultos.

“Portugal evoluiu positivamente em todos os parâmetros”, afirmou o presidente da CNE, lembrando o cenário traçado há 50 anos no primeiro estudo da OCDE, que “foi um escândalo”.

Depois de cinco décadas, há cada vez menos pessoas que não concluem o ensino médio e cada vez mais pessoas que seguem para o ensino superior. Os leads são residuais e o sucesso acadêmico tornou-se habitual, de acordo com o relatório, citado por Domingos Fernandes

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O presidente do CNE diz que há “aspectos menos positivos”, como a baixa conclusão dos programas de educação de adultos. “O país precisa fazer um esforço para tirar a educação de adultos de uma situação que não é nada satisfatória. As taxas de conclusão de todas as ofertas estão em torno de 40%”, lamentou

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Estudantes estrangeiros

Outra questão “bastante preocupante” tem a ver com “os poucos estudantes estrangeiros” com acesso à disciplina de Língua Portuguesa Não Materna (PLNM),

disse ele.

Domingos Fernandes reconheceu que existem “esforços meritórios” de várias entidades para ensinar português, mas as escolas estão falhando em um momento em que há cada vez mais estudantes estrangeiros.

“Se eles não aprendem português, é muito difícil para eles aprenderem o que deveriam aprender”, disse ele, acrescentando “Não é surpreendente que os estudantes estrangeiros sejam os que mais falham”.

Os deputados Pedro Alves (PSD), Rosário Gamboa (PS) e Isabel Mendes Lopes (IL) foram alguns dos que expressaram preocupação com o problema do ensino de PLNM relatado por Domingos Fernandes.

Rosário Gamboa admitiu que existem “profundas dificuldades” no acesso ao assunto, apontando que “há dificuldades na capacidade das escolas de se mobilizarem para garantir essa formação e nas condições pedagógicas que garantam uma aprendizagem efetiva neste campo”.