Desenvolver a ferrovia
Cristina Grilo é fundadora e coordenadora do Movimento + Ferrovia (MMF) e ao The Portugal News disse que o grupo foi fundado em outubro de 2018 com o objetivo de defender e valorizar a ferrovia algarvia. No projeto incluem-se “técnicos e estudiosos com conhecimento do setor e experiência.”
Para que no Algarve exista “um desenvolvimento equilibrado e sustentável”, de forma a igualar o nível de desenvolvimento a outras regiões portuguesas, a fundadora do MMF afirma que se deve apostar “na concretização deste tão importante desidrato para a mobilidade e transportes.”
O MMF afirma que a eletrificação da Linha do Algarve é um dos pontos mais importantes a considerar, no entanto não é o único problema. A modernização da linha e da frota algarvia também precisaria de alguns ajustes.
Alterações a fazer
Cristina Grilo refere que se deviam adquirir comboios “mais ligeiros, adaptados ao transporte suburbano”, assim como aumentar a frequência de comboios a circular, aumentando os pontos de cruzamento ao longo do percurso. Na opinião da fundadora do MMF, novas estações deveriam ser abertas, “aumentando a proximidade de acesso às populações.” A intermodalidade das estações também deveria ser considerada, ou seja, construir parques de estacionamento, “incluindo o ciclável”, próximo das estações. A intermodalidade também seria conseguida caso os municípios adaptassem os transportes públicos rodoviários, num percurso entre as estações e o destino final.
Por exemplo, o apeadeiro Alcantarilha - Praia de Armação de Pêra, apesar do nome, está localizado a cinco quilómetros de distância de Alcantarilha e a mais de oito quilómetros de Armação de Pêra. Ora, não havendo transportes públicos que facilitem a chegada da população ao seu destino final, o transporte rodoviário pessoal acaba por ser o mais utilizado.
Trabalho realizado
Até à data, o MMF já elaborou uma “Proposta de Estratégia para a Ferrovia do Algarve 2050” e, segundo Cristina Grilo, já contactou com praticamente todas as autarquias, servidas pela Linha do Algarve e responsáveis por entidade como a AMAL. Os ministros e secretários de Estado, responsáveis pela pasta do “Planeamento e Infraestruturas, do Desenvolvimento e Coesão, do Ambiente e Transição Energética, dos Transportes e Mobilidade” foram também contactados. Quando questionada, ao The Portugal News, a fundadora do MMF revela que “formalmente, não tem havido feedback” e que de momento se espera pelas decisões do Governo.
O grupo tem um carácter informal, como tal “os apoiantes do MMF são todos” os que seguem as atividades do movimento pelas redes sociais, ou formalizam um pedido por email.
Deeply in love with music and with a guilty pleasure in criminal cases, Bruno G. Santos decided to study Journalism and Communication, hoping to combine both passions into writing. The journalist is also a passionate traveller who likes to write about other cultures and discover the various hidden gems from Portugal and the world. Press card: 8463.