Num relatório que será apresentado em Assembleia Municipal é referido que se denota “claramente o aumento de menores expostos a situações de vulnerabilidade ou perigo”, com 298 casos comunicados à CPCJ, dos quais resultou a instrução de 292 processos em 2022, mais 53 do que no ano anterior.
Das 292 crianças seguidas pela CPCJ de Alcobaça, no distrito de Leiria, 253 são portuguesas, sendo o Brasil a segunda nacionalidade com mais casos, registando um total de 18 casos. No concelho foram também registados casos de cidadãos oriundos de Angola, Índia, Reino Unido, Cabo Verde, China, Luxemburgo, Países Baixos e Venezuela.
A maior parte dos acompanhamentos “correspondem aos escalões compreendidos entre a pré-adolescência e a adolescência”, já que, é indicado no relatório, 28,8% das intervenções foram entre os 15 e os 17 anos, seguindo-se o grupo entre os 11 e 14 anos e, em terceiro lugar, o grupo dos zero aos dois anos, com uma incidência de 12%.
De acordo com a comissão, a maior percentagem destes casos “insere-se na problemática da violência doméstica", com um peso de 86,35%" e que "atinge todos os escalões etários".
Ainda segundo é referido no relatório, as medidas protetivas aplicadas foram maioritariamente de apoio junto dos pais, de apoio junto de outro familiar e, em 4,1% dos casos, houve necessidade de aplicar uma medida protetiva de acolhimento residencial.
Em 2022, a CPCJ deparou-se ainda com a necessidade de aplicar nove medidas cautelares protetivas.