Os dispositivos visam melhorar a resposta à terapêutica e minimizar reações adversas, podendo ter aplicações em diversas doenças do sistema nervoso central, como a depressão, esquizofrenia e epilepsia.
“Os fármacos que são utilizados no tratamento de doenças como a depressão, esquizofrenia e epilepsia são prescritos com base nas características do quadro clínico, orientações terapêuticas e na experiencia dos clínicos”, observa o instituto, lembrando, no entanto, que “uma proporção significativa de pacientes não responde adequadamente à terapêutica”.
Citada no comunicado, a investigadora Fátima Barroso, do ISEP, afirma que as variações genéticas podem influenciar a resposta à terapêutica, pelo que a sua avaliação “pode ajudar a otimizar o tratamento destas afeções”.
“Ao desenvolver estes dispositivos com vista a, de uma forma rápida e no local da consulta, poder avaliar os polimorfismos genéticos que influenciam a resposta à terapêutica, em associação com outras variáveis clínicas, possibilita o ajuste da terapêutica, e a prática de uma medicina personalizada”, acrescenta.
Coordenado pelos investigadores do ISEP, o projeto é financiado em 75 mil euros pelo programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED).
O projeto, que decorre nos próximos quatro anos, envolve investigadores de países como a Argentina, Brasil, Espanha, Colômbia, México, Paraguai, Uruguai e Portugal.