De acordo com o relatório da ANSR sobre sinistralidade e fiscalização rodoviária 24 horas por dia, de janeiro a julho de 2024, foram fiscalizados 141,9 milhões de veículos, presencialmente ou através de meios de fiscalização automática, um aumento de 79,8% em relação ao período homólogo de 2023.

Dos 141,9 milhões de veículos inspeccionados nesse período, as autoridades detectaram 545,1 mil infracções, o que representa um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A maioria das multas foi por excesso de velocidade, sobretudo para os condutores apanhados pelos radares geridos pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que registou, neste período, um aumento de 49,6% no número de infrações, passando de 224.464 de janeiro a julho de 2023 para 335.801 no mesmo período deste ano.

De acordo com o relatório, das 395.492 infrações registadas por excesso de velocidade, 335.801 dizem respeito aos radares da ANSR.

O documento destaca que o número de condutores fiscalizados no sistema de radares da responsabilidade da ANSR, num total de 136.719.761, aumentou 88%, entre janeiro e julho, face ao período homólogo de 2023.

"O SINCRO gerido pela ANSR registou um aumento de 88,1%, em contraste com a PSP e a GNR que registaram decréscimos de 22,4% e 14,7%, respetivamente", refere o documento.

A ANSR adianta que 72,6% do total de multas registadas nos primeiros sete meses de 2024 corresponderam a excesso de velocidade e 5,9% das infrações deveram-se à ausência de inspeção periódica obrigatória, tendo-se ainda verificado que a condução sob o efeito do álcool atingiu um peso de 2,8% do total, a falta de seguro representou 1,8%, a utilização de telemóvel 1,6% e a não utilização do cinto de segurança 1,3%.

Comparativamente ao ano anterior, com exceção do excesso de velocidade que teve um aumento de 23,1%, a ANSR salienta que se verificaram decréscimos generalizados em todos os outros tipos de infracções, destacando-se a falta de cinto de segurança (-44,9%), os sistemas de retenção para crianças (-33,2%), o uso do telemóvel durante a condução (-32,3%), o excesso de álcool (-21,4%) e a falta de seguro (-14,0%).

A ANSR indica ainda que a criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, diminuiu 38,8% face ao período homólogo de 2023, atingindo 13 mil condutores.

Do total, 57% deveram-se à condução sob o efeito do álcool (-38,5%), seguindo-se 33,3% por falta de habilitação legal para conduzir.

Até julho de 2024, cerca de 712,2 mil motoristas perderam pontos na CNH.

Desde junho de 2016, data em que o sistema de habilitação por pontos entrou em vigor, 3.286 motoristas tiveram a carteira de habilitação cassada, segundo a ANSR.